sexta-feira, 22 de maio de 2009

22 de maio de 2009,

Na facul, depois de muito tempo: Olá, blog, escrevo de novo aqui, na correria, mas, é ó um oi,

em breve estarei de volta...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A vida é uma grande depressão

A vida é uma grande depressão...

É todo um mundo “animal” (?)
Sem doce, sem sal,
Mundo canibal de ternura
Propagador de luxuria...
Gigantesca ilusão...

Ah! Maníaca depressão!
Que perfaz os corações
Dos que passam, dos que ficam e que caçam...
O amor: doce, amarga e inútil animação.

E o que queremos é meramente intenção...
É ação sem movimento,
É pensamento sem propulsão.

Ah! Antropófagos humanos

Deixem de fingir!
Esqueçam de mentir!
Enlouqueçam de não viver!

Pois quem vive,
Nós sabemos,
Não é mera impressão,
Descobre cedo o que é o mundo:

É eterna e intensa depressão!

A Matéria do Poema

Tijolos, muros quebrados, paredes, ruínas
Carnificinas, mendigos, esquinas,
Muita sede...

Traje esporte, social, estilos finos
Ternos novos, roupas mofadas
Almofadas que acondicionam pessoas educadas
(E também mal-educadas)

Pedras, caminhos, castelos de carne
Burros de mármore, elefantes de madeira
Sangue, suor, sujeira, poeira...

Corações loucos
Homens jovens na bebedeira
Sem pai, sem mãe, sem irmãos
Sem eira, nem beira
(mas que depois ainda vão à feira...)

Já foram todos estes poemas...

Sim, tudo isso já foi tema
De tosco ou precioso poema

Mas ninguém sabe o que é poema...
(alguém poderia saber)

O poema pode ser ser
Mas ser sem também saber
Ou pode ser poeira
Não importa o que seja
Ou onde esteja
Se estiver escrito na folha
Ou lapidado à madeira...

Descobrimos o poema, não é nada do escrito...

É arvore apenas... é um pedado de madeira...

Quanta imbecilidade...

Hoje, ao chegar em casa da faculdade, me deparo com uma notícia um tanto quanto emblemática sobre a situação de dominação em que se encontra a sociedade, pois remete-me a uma leitura que fiz há vários anos, quando ainda frequentava o Ensino Médio.

A notícia tem o seguinta título: "Tropa de choque da PM entra em confronto com policiais civis em greve em SP".

Eu só posso pensar em quanta imbecilidade pode estar contida nesta sentença, uma vez que o que vemos é o que a classe dominante do país( que inclui os ricos, governantes e demais privilegiados da sociedade ) é a que coloca os "supostos" policiais civis e militares( ambos fazem parte da mesma classe social) "brigando"( por quem? por eles?) pelos interesses dos dominantes e pela manutenção do sistema de "castas" sociais que regem o nosso dia a dia.

Trocando em miúdos, ambos policiais são contratados pelo Estado, sendo obrigados, com a força da lei, a travarem uma guerra que sustenta essa relação de regentes( dominantes) contra os regidos(dominados) de que ambos( "policiais") são integrantes.

Todavia, o pior disso tudo é que eles não sabem disso; acreditam estar lutando para manter "a ordem"; mas que ordem seria essa? Seria a manutenção desse sistema mortífero e de exclusão em que nos encontramos?

Reflitamos, apenas, se é que ainda podemos...

PS: A leitura à qual me refiro é de um livro chamado" Democracia"; um entre tantos com este título, do qual não me lembro a editora, mas muito importante em minha formação, como ser, talvez, "crítico".

domingo, 31 de agosto de 2008

ALGUÉM, UM SONETO...

ALGUÉM, UM SONETO...

“Eu penso sempre em você, meu bem.
Pessoa igual no mundo eu não conheço,
Amor igual assim não tem nem preço
E o que me faz sentir em nada tem.

Só fico triste se você não vem.
Só se não estás aqui eu me entristeço
Pois do contrário eu só lhe agradeço
Por me fazer de mim um mesmo alguém.”

Tudo o que eu digo desta linha a acima
Eu sei que sabes, nelas não me viste:
Não é verdade, é mentira em riste.

Há acentuação, o metro é certo, há rima
Mas os quartetos são de um homem triste
Que idealiza o amor que não existe.

sábado, 30 de agosto de 2008

"E esse frio me faz sentir tão triste... lembrança do que nunca tive..."

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sobre a Vida, a Poesia e... E aos Poetas...

Exato!
A vida é isso aí.
A vida é torcer
É sofrer
É se animar
É levantar... E cair.

Viver é relevar o descaso,
É pagar multa
E receber no atraso.
E pagar em dia justo
Mas não receber no prazo.

Todos sabem que o viver não é fácil,
E todos sabemos.
A vitalidade também é difícil, pois
É fim, metade, meio e início.

“a vida é tudo,
A vida é nada”...
São frases feitas,
Mas não ultrapassadas...

E ao escrever estas linhas incertas,
Escrever à tinta preta
Em esferográfica caneta
Em morosidade ou presteza
Havemos de viajar à nossa Lua
À altura de um cometa...


Velejemos nas palavras!
(e com as palavras)
Ora no som, ora na letra.

E ninguém tira isso da gente
Apesar do que se invente,
Pois escrever, pra gente,
É mais do que viver
Ainda que para escrever
Precisemos existir...e ser.

E ainda,
Embora a vida
Se viva mesmo ao se viver
Não há momento mais completo,
Nem gostoso e saboroso que o momento de escrever!

(Humberto Olivieri)