domingo, 31 de agosto de 2008

ALGUÉM, UM SONETO...

ALGUÉM, UM SONETO...

“Eu penso sempre em você, meu bem.
Pessoa igual no mundo eu não conheço,
Amor igual assim não tem nem preço
E o que me faz sentir em nada tem.

Só fico triste se você não vem.
Só se não estás aqui eu me entristeço
Pois do contrário eu só lhe agradeço
Por me fazer de mim um mesmo alguém.”

Tudo o que eu digo desta linha a acima
Eu sei que sabes, nelas não me viste:
Não é verdade, é mentira em riste.

Há acentuação, o metro é certo, há rima
Mas os quartetos são de um homem triste
Que idealiza o amor que não existe.

sábado, 30 de agosto de 2008

"E esse frio me faz sentir tão triste... lembrança do que nunca tive..."

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sobre a Vida, a Poesia e... E aos Poetas...

Exato!
A vida é isso aí.
A vida é torcer
É sofrer
É se animar
É levantar... E cair.

Viver é relevar o descaso,
É pagar multa
E receber no atraso.
E pagar em dia justo
Mas não receber no prazo.

Todos sabem que o viver não é fácil,
E todos sabemos.
A vitalidade também é difícil, pois
É fim, metade, meio e início.

“a vida é tudo,
A vida é nada”...
São frases feitas,
Mas não ultrapassadas...

E ao escrever estas linhas incertas,
Escrever à tinta preta
Em esferográfica caneta
Em morosidade ou presteza
Havemos de viajar à nossa Lua
À altura de um cometa...


Velejemos nas palavras!
(e com as palavras)
Ora no som, ora na letra.

E ninguém tira isso da gente
Apesar do que se invente,
Pois escrever, pra gente,
É mais do que viver
Ainda que para escrever
Precisemos existir...e ser.

E ainda,
Embora a vida
Se viva mesmo ao se viver
Não há momento mais completo,
Nem gostoso e saboroso que o momento de escrever!

(Humberto Olivieri)