quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A vida é uma grande depressão

A vida é uma grande depressão...

É todo um mundo “animal” (?)
Sem doce, sem sal,
Mundo canibal de ternura
Propagador de luxuria...
Gigantesca ilusão...

Ah! Maníaca depressão!
Que perfaz os corações
Dos que passam, dos que ficam e que caçam...
O amor: doce, amarga e inútil animação.

E o que queremos é meramente intenção...
É ação sem movimento,
É pensamento sem propulsão.

Ah! Antropófagos humanos

Deixem de fingir!
Esqueçam de mentir!
Enlouqueçam de não viver!

Pois quem vive,
Nós sabemos,
Não é mera impressão,
Descobre cedo o que é o mundo:

É eterna e intensa depressão!

A Matéria do Poema

Tijolos, muros quebrados, paredes, ruínas
Carnificinas, mendigos, esquinas,
Muita sede...

Traje esporte, social, estilos finos
Ternos novos, roupas mofadas
Almofadas que acondicionam pessoas educadas
(E também mal-educadas)

Pedras, caminhos, castelos de carne
Burros de mármore, elefantes de madeira
Sangue, suor, sujeira, poeira...

Corações loucos
Homens jovens na bebedeira
Sem pai, sem mãe, sem irmãos
Sem eira, nem beira
(mas que depois ainda vão à feira...)

Já foram todos estes poemas...

Sim, tudo isso já foi tema
De tosco ou precioso poema

Mas ninguém sabe o que é poema...
(alguém poderia saber)

O poema pode ser ser
Mas ser sem também saber
Ou pode ser poeira
Não importa o que seja
Ou onde esteja
Se estiver escrito na folha
Ou lapidado à madeira...

Descobrimos o poema, não é nada do escrito...

É arvore apenas... é um pedado de madeira...

Quanta imbecilidade...

Hoje, ao chegar em casa da faculdade, me deparo com uma notícia um tanto quanto emblemática sobre a situação de dominação em que se encontra a sociedade, pois remete-me a uma leitura que fiz há vários anos, quando ainda frequentava o Ensino Médio.

A notícia tem o seguinta título: "Tropa de choque da PM entra em confronto com policiais civis em greve em SP".

Eu só posso pensar em quanta imbecilidade pode estar contida nesta sentença, uma vez que o que vemos é o que a classe dominante do país( que inclui os ricos, governantes e demais privilegiados da sociedade ) é a que coloca os "supostos" policiais civis e militares( ambos fazem parte da mesma classe social) "brigando"( por quem? por eles?) pelos interesses dos dominantes e pela manutenção do sistema de "castas" sociais que regem o nosso dia a dia.

Trocando em miúdos, ambos policiais são contratados pelo Estado, sendo obrigados, com a força da lei, a travarem uma guerra que sustenta essa relação de regentes( dominantes) contra os regidos(dominados) de que ambos( "policiais") são integrantes.

Todavia, o pior disso tudo é que eles não sabem disso; acreditam estar lutando para manter "a ordem"; mas que ordem seria essa? Seria a manutenção desse sistema mortífero e de exclusão em que nos encontramos?

Reflitamos, apenas, se é que ainda podemos...

PS: A leitura à qual me refiro é de um livro chamado" Democracia"; um entre tantos com este título, do qual não me lembro a editora, mas muito importante em minha formação, como ser, talvez, "crítico".

domingo, 31 de agosto de 2008

ALGUÉM, UM SONETO...

ALGUÉM, UM SONETO...

“Eu penso sempre em você, meu bem.
Pessoa igual no mundo eu não conheço,
Amor igual assim não tem nem preço
E o que me faz sentir em nada tem.

Só fico triste se você não vem.
Só se não estás aqui eu me entristeço
Pois do contrário eu só lhe agradeço
Por me fazer de mim um mesmo alguém.”

Tudo o que eu digo desta linha a acima
Eu sei que sabes, nelas não me viste:
Não é verdade, é mentira em riste.

Há acentuação, o metro é certo, há rima
Mas os quartetos são de um homem triste
Que idealiza o amor que não existe.

sábado, 30 de agosto de 2008

"E esse frio me faz sentir tão triste... lembrança do que nunca tive..."

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sobre a Vida, a Poesia e... E aos Poetas...

Exato!
A vida é isso aí.
A vida é torcer
É sofrer
É se animar
É levantar... E cair.

Viver é relevar o descaso,
É pagar multa
E receber no atraso.
E pagar em dia justo
Mas não receber no prazo.

Todos sabem que o viver não é fácil,
E todos sabemos.
A vitalidade também é difícil, pois
É fim, metade, meio e início.

“a vida é tudo,
A vida é nada”...
São frases feitas,
Mas não ultrapassadas...

E ao escrever estas linhas incertas,
Escrever à tinta preta
Em esferográfica caneta
Em morosidade ou presteza
Havemos de viajar à nossa Lua
À altura de um cometa...


Velejemos nas palavras!
(e com as palavras)
Ora no som, ora na letra.

E ninguém tira isso da gente
Apesar do que se invente,
Pois escrever, pra gente,
É mais do que viver
Ainda que para escrever
Precisemos existir...e ser.

E ainda,
Embora a vida
Se viva mesmo ao se viver
Não há momento mais completo,
Nem gostoso e saboroso que o momento de escrever!

(Humberto Olivieri)

sábado, 19 de julho de 2008

"Sistema-selvagem"

"Os sinais cegos,
Surdos e sem-sentido(surpresas)
São sempre servidos
Sem gelo... Sem serem sabidos."

(mim)

domingo, 13 de julho de 2008

Bom, porquinhos, só pra registrar, TRICOLOR 2 x 1, mas poderia ser bem mais... Estamos na briga pelo título...

Tudo é eterno...

As poesias e as minhas letras de canções
Estão guardadas num caderno
Assim como os beijos quentes e apaixonados
Que eu te dei estão naquela noite fria de inverno.

Está tudo guardado...
Isso tudo será eterno.

Como o conceito de Deus ou do diabo,
O que cria o céu ou o inferno
Também estará guardado...
Estará a salvo...

As roupas que usei nas tardes da escola
Ou as que uso hoje a trabalho, o terno...

Ficarão também guardados no armário da mente
Até o dia em que se apague
Pra que alguém de novo nasça
E a isso refaça
Para que tudo renasça
Num dia eterno
Que nunca passa...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

domingo, 15 de junho de 2008

Tarde perfeita!(2)




Perfeita. Só assim podemos classificar a tarde de ontem no estádio em que há 25 dias o time do São Paulo amargurava seu declínio na Copa Libertadores da América. Ontem foi tudo diferente, apesar do espetáculo montado ser parecido. Cerca de 58 mil vozes foram silenciadas ao verem um time visitante com postura tática perfeita, garra e um futebol firme e aguerrido. Os donos da casa até que tentaram suportar e pressionar, mas a tarde era dos paulistas, que marcaram 4 tentos contra apenas 2( de penalti, diga-se de passagem) do time da Gávea, sendo que o último foi convertido aos 47 do segundo tempo, para apagar de vez o "fantasma" do Maracanã e calar toda uma torcida.
Essa foi a nossa vez, e agora estamos a 4 pontos do líder, o próprio Flamengo. Vitória em jogo de 6 pontos: sensacional, tarde perfeita!
OBS: Pensei que tinha perdido a postagem completa feita ontem, mas tinha salvo, agora ficam as duas mesmo, aquela completa e essa resumida.rs.

sábado, 14 de junho de 2008

Tarde perfeita!



Perfeita! É só assim que podemos definar a partida que aconteceu hoje à tarde no estádio do trágico declínio são-paulino na Libertadores há exatamente 24 dias.


Sábado de sol, Maracanã lotado( cerca de 58 mil flamenguistas), o time carioca embalado pela recente goleada no seu último jogo e a liderança do brasileirão, tudo isso, como diziam alguns, dava o favoritismo de vitória ao time da Gávea. E o jogo até que começou com pressão carioca, com uma torcida flamejante inflamando o time pra cima do time do morumbi, que resistia tática e conscientemente às agressões dos atacantes do Flamengo. Até que, aos 22 minutos, Borges abre o placar de cabeça, aproveitando a bola caprichosamente ajeitada por Hugo. São Paulo 1 x 0.


Após isso o time paulista conduziu o jogo, impondo seu ritmo e suportando a tentativa de pressão do time adversário até o termino do primeiro-tempo.


Começado o segundo-tempo, continuava o São Paulo bem na partida até que, de maneira infantil, Jancarlos comete falta dentro da área: Penalti convertido pelo atacante Ibson. Partida empatada em 1 x 1. Mas esse placar logo foi mudado, com dois gols em menos de 10 min, com Borges( novamente) e Aloísio respectivamente. A partida parecia definida quando o árbitro entendeu ser penalti um lance no mínimo controverso entre o atacante Obina e o defensor tricolor Alex Silva. O goleiro Rogério Ceni defendeu o penalti de maneira espetacular, entretanto para a infelicidade do " mais querido" a bola sobra para o próprio Ibson que não desperdiça, dando novo fôlego aos cariocas.


Mesmo assim o Time tricolor resiste firmemente até os 47min, quando, após lançamento de precisão cirúrgica realizado pelo goleiro Rogério, o são paulino Éder Luis não perdoa e liquida a fatura esfacelando a última invencibilidade de um time no campeonato: 4 x 2 em pleno Maracanã. As 58 mil vozes silenciam e o São Paulo volta definitivamente à briga pelo título, fazendo valer o conceito do " jogo de seis pontos".


Finalmente espantamos esse fantasma do Maracanã: uma tarde TRIcolor, uma tarde perfeita!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Show dos Paralamas


O show dos Paralamas do Sucesso, hoje, no estacionamento da UMC( apesar de eu realmente ser suspeito para falar) foi fabuloso. Todos os integrantes da banda tiveram e demonstraram sua "boa-forma" técnica para executar de maneira primorosa seus grandes sucessos do passado e presente. Temos como grande destaque da banda, o guitarrista, cantor e compositor Herbert Vianna, que esbanjou técnica e feeling ao tocar riffs vigorosos como o de " O calibre" ou melodias perfeitamente acolhidas por nossos ouvidos, como no solo final de " Lanterna dos afogados" ou, ainda, a marcante( e primeiro sucesso da banda) " Vital e sua moto" que encerrou o Show.

Esta foi uma apresentação memorável na cidade de Mogi das Cruzes, uma vez que o grupo não visitava a cidade há pelo menos cinco anos, o que fez deste Show um grande acontecimento na cidade e suas adjacências, que compareceram em peso para prestigiar o grupo, que já está na estrada há mais de 25 anos.

Com uma palavra posso encerrar, na certeza de um resumo fiel dessa apresentação: Sensacional!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Semana feliz TRIcolor...


Felizmente estreamos no Campeonato Brasileiro. Finalmente vencemos a nós mesmos. Finalmente somos quem somos: um dos maiores times do mundo.

Uma vitória com V maiúsculo de um time que começa a acertar, voltando a sonhar com o inédito real TRIcampeonato. Não há muito o que dizer, todavia deve ficar aqui registrado, o placar: 5x1; contra quem: Atlético de MG; onde: Nossa casa( com M maiúsculo também) o Morumbi( ops, e pode virar MorunTRI, mais uma vez, agora seguidamente).

Força TRIcolor! E, Murici, esse é o seu lugar, acreditamos em você!

Nós Poetas

Abaixo, foi o certificado de participação no concurso de Poesias da OAB - 2007, não venci, mas foi muito bom participar e ir até a cerimônia de entrega dos prêmios. Concorri com dois poemas: Um já foi postado aqui no Blog, e se chama " Toutes les choses du monde finiront..."; o outro é o que vou postar agora, que gosto muito, foi classificado para a final do concurso de Poesias da UMC, mas também não triunfei... chama-se " Nós Poetas:


Nós Poetas
É triste ser como somos...
Enfim...
Nós Poetas somos assim
Vemos o mundo a pulsar
Enxergamos o átomo de quem passa
Julgamos a todos, vemos desgraças
Mas não sabemos o quê
Nem quem somos...

É triste ser como somos...

Escrever e não viver
Poder ver, mas não ser
E o que nos sobra disso tudo?
Areia? Gotas de sangue na veia?
O que permeia nosso olhar tristonho?
Viveremos, enfim, o mundo
Ou apenas um sonho?

É triste ser como somos...
Mas quem não pensa assim
É evidente
Que vive o mundo,
É feliz, é contente.

Mas nós, nós sim, nós pensamos assim
E por isso
É tão triste ser como somos...

IV Concurso Estadual de Poesias OAB 2007


domingo, 25 de maio de 2008

I wanna go home (I must stay)

Adicionar imagemhttp://www.youtube.com/watch?v=xoe3EnsMb_0

I wanna go home
I wanna go away from home...

I wanna go home
I wanna go away from home...

I wanna go home
I wanna go away from my home...

Cause I m tired
And I need to forget it all...

Cause I m tired
And I need to forget it all...

Cause I m tired
And I need to forget it all, Doll...

But I think of you and me
And the things we have done
And you are in my heart
And you’re in my thoughts
And all I can say about it is...
How can I go?


I wanna go home
I wanna go away from home...


I wanna go home
I wanna go away from home...


I wanna go home
I wanna go away from my home...

I dream a place
Where I can play a song...
I dream a place
Where I can play a song...
I dream a place
Where I can play a song... A bealtiful song.


But I really think of you and me
And the tears we have cried
And it reminds me where
And you are everywhere
And all I can say about it is...
I must stay...


(Song by Humberto Olivieri)

Homem = Condescendência, olência, magnificência == NADA

Homem = Condescendência, olência, magnificência == NADA
Homem = Ontem foi Sapiência (Humana Ciência)
Sempre será Ser
Hoje é saber
Homo sapiens?
Inteligência
Paciência
TUDO

(Poema concreto por Humberto Olivieri in DDMF)

O que te dizer num poema...

O que te dizer num poema...

Gostaria de te dizer num poema...
As coisas mais lindas
Ou as palavras
Mais fofas...
Senão as mais fofas,
Pelo menos as palavras certas,
Palavras que o coração flerta
E acerta...

Mas, na verdade, eu sei que
Nunca te direi num poema...
Nada que seja maior,
Pois não há
Nada maior
Que sua beleza
Ou que o seu coração de princesa...

Mas, além disso, ainda sei que
Nunca te direi num poema...

Nada que seja menor,
Nada que seja pena,
Pois sei que
O seu amor é maior
Que qualquer Ser
Ou flor de alfazema...

E assim,
No começo, meio ou fim,
Só continuarei com uma certeza:

As palavras não são
Nem mais, nem menos...
Só fazem o poema...
E o que eu direi... Tanto faz...
Pois de tudo o que há
Se for contigo...
Valerá a pena!

É difícil, mas devemos saber recomeçar...

Ainda é muito recente. Faz pouco, mas pouquíssimo tempo que havia o sonho do Tetra nas Américas( e com ele também um outro quarto título, o mundial), mas infelizmente não deu, sucumbimos no minuto final.
Qual são-paulino não chorou, não derramou em lágrimas o sonho de poder gritar, “Tetra campeão das Américas!” É... mas ainda não foi dessa vez, infelizmente, como nas duas últimas edições da taça( em 2006 numa final memorável em que não triunfamos sobre o rival colorado, e, no ano passado, contra um outro sulista do Rio Grande, de também três cores no distintivo, precocemente, nas oitavas de final).
Mas libertadores é isso aí, é garra, luta, entrega. E nosso time o fez, porém, não o bastante. Time que quer vencer a libertadores deve ser mais, precisa entregar mais mesmo que tenha menos, suar mais ainda que não haja mais suor, isto é, fazer até o que não cremos, o impossível.
E na última quarta-feira quem fez isso foi o adversário. Quando tudo parecia impossível, eis que surgem dois gols em 20 minutos, um deles aos 46, a 2 do final, sem tempo para reação são-paulina. Mais um fim de Libertadores precoce para o nosso tricolor, e mais uma vez por outro tricolor, desta feita o carioca. Poderíamos ter vencido, mas foram eles, também com justiça.
Mas devemos ressurgir no “Brasileirão”. É hora de recomeçar e rumar para o terceiro título consecutivo do campeonato nacional, feito inédito, que nenhum clube ainda conseguiu desde o início do Campeonato Brasileiro (1971), tendo como vice-campeão o próprio São Paulo. O primeiro desafio é hoje às 16h no Morumbi, contra o Coritiba. Vamos com tudo em busca dos 3 pontos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Toutes les choses du monde finiront...

Toutes les choses du monde finiront...

Como os titubeantes ébrios
Que por aqui passam
Ou as canções que se acabam...

E as tecelagens
E as ovelhas mortas
E os panos que usamos
E as embalagens que jogamos
E carcaça seca ao sol
E a ossatura e o arcabouço solto
Livre ao vento...

E os que por lá passam
Sem mesmo que nada possam
São fósseis móveis
(Futuros imóveis)
Que pela vida passam
Ou passaram
(Ou melhor, voaram).

E o rapaz ensangüentado...
(Sem pena ao vil culpado)
Torpe assassino sem tribunal
(E o adjetivo sem trema no jornal)

Et toutes les choses du monde finiront...

O que é dia?
Estamos vivendo?
O que é viver?
Estamos o que fazendo?

Só no fim saberemos

E por isso vamos...
Vamos e vamos vivendo...
Sem saber até quando,
Remando, vendo e tentando.
De quando em quando sorrindo
Mas quase sempre chorando...

Como sempre sem saber
Tocamos em cada segundo
Tentamos tocar fundo
Pra nesse mundo permanecer.

Até quando esperaremos?
Nós mesmos não sabemos

As coisas têm sido demasiadas ultimamente
Os sentimentos bons
E, sobretudo, os ruins.

Haverá um sentido?

Já procuramos o sentido na Arte...
E coisas afins...

Não vemos mais meios,
Então pensamos em fins

Tentamos escutar... Mas apenas ouvimos.
Procuramos enxergar... Mas apenas vimos.

E nossas costas informam que doem...

Et toutes les choses du monde finiront...

O que será isso que sempre vemos
O que será o corpo que agora temos?
O que será tal corpo em que vivemos...
(Se é que vivemos)
Conhecemos o perigo
E nos perdemos...

E as dúvidas se repetem... Mais uma vez...

É o verde
É o vento
É véu do céu
É a vida...

Comme est beau le monde
Et les choses de la vie
Mais...
Toutes les choses du monde finiront...
Et tout du monde finira... toujours.

(Humberto Olivieri) in " Dimensões diversas de uma mente fragmentária ou um Eu em conflito"
2008 "Usina de Letras/ tmaisoito editora"